Tuesday, February 07, 2012

Caso 66


Cinderela depois de anos e anos a experimentar sapatos e a beijar sapos, percebeu que essa história do príncipe encantado era um mito urbano, inventado por pessoas que não posso dizer quem são, por razões que não posso dizer quais são, pelo que, olhou-se ao espelho, teve consigo mesma uma conversa intimista e, percebendo que a sua única qualidade era a beleza óbvia de quem usa pouca roupa, decidiu casar com um velho e assegurar o futuro. E foi assim que se apaixonou pelo Padre Amaro, apelido de um empresário local, que tinha passado anos de Seminário.
O Padre Amaro tinha um call center, que prestava serviços para outras empresas, nacionais e portugueses. O call center era denominado de Como o macaco gosta de banana eu gosto de ti, sendo que era propriedade da Eu tenho dois Amores, Lda, a qual tinha como sócios o Padre Amaro que tinha entrado com 3000 Euros, Felisberta Loira que tinha entrado com 500 Euros, e Adalberta Morena, que tinha entrado com outros 500 euros. Quando Amaro quis abrir uma outra empresa, elas que eram duas, com ciúmes, votaram contra a proposta dele.
Cinderela para se entreter decidiu escrever um livro, que depois publicou, com o título de “as singularidades de uma labreguinha morena”, sendo que, usou o dinheiro dos lucros, para comprar um portátil que usou, exclusivamente, para escrever.
O Padre Amaro tinha ainda uma fábrica de queijos; cansado do cheiro a Ovelha, vendeu a fábrica à Diocese, que pretendia continuar a actividade e alarga-la produzindo queijinho do céu! O negócio foi feito oralmente, sem cuidar de avisar o Ambrósio, que tinha comprado aquele edifício com o dinheiro ganho na publicidade do Ferrero Rocher.
 O pagamento foi feito com dois cheques da Diocese, cujo pagamento foi garantido por um Rabino. Um dos cheques tinha a data de hoje e um com data de 29 de Fevereiro! Ganancioso, Amaro, foi ao Banco e exigiu o pagamento de ambos. Mas teve azar! Ambos vieram devolvidos por falta de provisão.

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