Clementina nasceu com cara de
pêssego, razão pela qual foi vítima de crueldades intoleráveis durante o longo
inverno do ensino secundário; até ao dia em que se tornou mulher, se encheu de
curvas e contracurvas, umas pernas que eram retas infindáveis e nunca mais teve
de se preocupar com o aspeto peculiar do seu rosto, porque os seus outros
atributos sobejavam para atrair a atenção alheia. Por isso, depois de uma
adolescência infeliz, tornou-se numa adulta com uma vida de sonho!
O seu desafogo financeiro tinha
como substrato uma propriedade agrícola onde cultivava fruta, sendo que, toda a
sua produção era vendida a Asdrubalino, que a distribuía no seu supermercado gourmet.
As frutas eram designadas por
Ouro Alentejano, sendo que o supermercado tinha o nome de Pinga Docita!
Mas um dia Asdrubalino fartou-se
desta triste vida de trabalhar, apaixonou-se por Clementina e decidiram ir um
ano para as Maldivas dedicar-se à apanha do bronzeado, sendo que, antes de
partir, celebrou com Berengária um contrato em que lhe cedeu a exploração do
estabelecimento por três anos; este contrato foi feito verbalmente, sem que o
senhorio tenha sido informado.
Poucos dias depois, Berengária
criou com Dália a BerenDália, Lda, sendo que esta entrou com 15000€ e
Berengária com o direito de exploração do supermercado, tendo ainda obrigando-se
a emprestar por 3 anos, três carros à sociedade, cujo gerente era Crisóstomo,
que desde há anos também geria outro supermercado!
Numa Assembleia Geral onde apenas
Dália esteve presente, deliberou-se comprar um imóvel para a sociedade. Como
pagamento, Crisóstomo aceitou um titulo de crédito, no qual a sociedade se
obrigava a pagar 100.000€ a Jerónimo, sendo que, os sócios, garantiram este
pagamento. Jerónimo que não percebe nada de títulos de crédito, transmitiu-o a
Joaquinzinho, que está tão confuso, que não sabe quem deverá pagar este título.
Por isso mesmo, comprou na
Internet um vestido de noiva, por razões que tenho pudor de contar: usou o
vestido durante dez dias, realizou fantasias, taras e manias e, mais tarde,
fartou-se do vestido e pretende ser ressarcido!
Quid Juris
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